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17 julho, 2025

Reforma Tributária: Como a DERE Vai Impactar os Regimes Específicos

Reforma Tributária: Como a DERE Vai Impactar os Regimes Específicos

No cenário atual de negócios no Brasil, a Reforma Tributária é um tema de extrema relevância, especialmente para empresas que operam em regimes específicos. Com a introdução da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), surge também a Declaração Eletrônica de Regimes Específicos (DERE), um elemento crucial para esses setores.

Este artigo tem como objetivo examinar como a DERE impactará diferentes segmentos empresariais que requerem tratamentos diferenciados, incluindo serviços financeiros, planos de saúde, combustíveis, entre outros. Com a previsão de entrada em vigor em 2026, é essencial que as empresas comecem desde já a se adaptar para assegurar conformidade e eficiência fiscal.

Descubra os principais passos para se preparar para essa nova obrigação acessória e integre-se ao novo cenário tributário de maneira estratégica e eficaz.

A Promessa de Simplificação da Reforma Tributária

A Reforma Tributária surge num momento crucial para o Brasil, trazendo a expectativa de transformar o cenário tributário, que atualmente é visto como um dos mais complexos do mundo. A proposta central é simplificar as obrigações fiscais por meio da unificação de vários tributos em dois novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Essas alterações prometem uma maior eficiência e clareza no tratamento tributário, amenizando a carga administrativa sobre as empresas.

Atualmente, as empresas brasileiras enfrentam desafios significativos devido à multitude de tributos que incidem sobre suas operações, muitos dos quais possuem regras e exigências particulares. A introdução da CBS e do IBS visa integrar essa rede intrincada em uma estrutura mais coordenada, beneficiando negócios de diversos portes e setores.

A simplificação não se traduz apenas em redução de custos e melhora na competitividade, mas também na eliminação de distorções que afetam o livre mercado e a economia como um todo. Ao promover um ambiente de negócios mais acessível e previsível, a Reforma Tributária pretende estimular o crescimento econômico e atrair investimentos.

DERE: O Novo Documento Eletrônico para Regimes Específicos

A Declaração Eletrônica de Regimes Específicos (DERE) é uma inovação dentro da proposta de Reforma Tributária, voltada para centralizar e uniformizar o tratamento tributário de setores que operam sob regimes específicos. A implantação desse documento eletrônico surge da necessidade de adaptar segmentos da economia que não se encaixam perfeitamente nas regras gerais dos novos tributos, a CBS e o IBS.

A DERE destina-se a assegurar que as peculiaridades de determinados setores sejam adequadamente tratadas, facilitando o monitoramento fiscal e garantindo a conformidade com as novas legislações. Setores que serão impactados por essa nova obrigação incluem:

  • Serviços financeiros: Necessitam de particularidades tributárias devido à natureza das suas operações.
  • Planos de assistência à saúde: Envolvem complexidades que exigem tratamento diferenciado.
  • Combustíveis e lubrificantes: Segmento sujeito a variações tributárias significativas, necessitando de um monitoramento específico.
  • Concursos de prognósticos (jogos de azar): Um segmento único que requer regras próprias.
  • Operações com bens imóveis: Demandam especificidades em função da estrutura tributária.
  • Sociedades cooperativas: Precisam de reconhecimentos especiais para suas funcionalidades econômicas.
  • Bares e restaurantes, hotelaria, agências de viagens e turismo: Setores diversificados que precisam de atenção particular.
  • Atividade esportiva de Sociedade Anônima de Futebol (SAF): Exige critérios especiais devido às suas características financeiras.
  • Aviação regional: Com operações diferenciadas, requer um tratamento específico.

Com a introdução da DERE, espera-se que a burocracia seja reduzida, substituindo declarações separadas por um único documento, e que as empresas tenham um caminho mais claro para alcançar a regularidade fiscal e administrativa.

Quem Precisa se Preparar para a Implementação da DERE?

A previsão é que a Declaração Eletrônica de Regimes Específicos (DERE) passe a ser obrigatória a partir de 2026, coincidindo com a implementação gradativa da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) nos documentos fiscais eletrônicos. Para as empresas que operam sob regimes específicos de tributação, a hora de começar a se preparar é agora. Entender as novas obrigações, adaptar-se tecnologicamente e capacitar a equipe são passos fundamentais para evitar surpresas quando a exigência entrar em vigor.

Empresas destes setores precisam dar atenção especial:

  • Atividades que serão definidas como ‘Regimes Específicos’ pelas novas regulamentações.
  • Operações beneficiadas por incentivos fiscais específicos – que serão mantidos ou ajustados.
  • Empresas dentro da Zona Franca de Manaus ou participantes do Simples Nacional com regimes híbridos.

Além de se adaptarem ao novo sistema, as empresas devem revisar diligentemente seus cadastros de produtos e serviços, garantindo que suas operações estejam de acordo com as novas classificações e regras de tributação. A atualização dos sistemas de gestão (ERPs) para gerarem as informações necessárias é uma etapa crucial, assim como o treinamento adequado das equipes de contabilidade, fiscal e tecnologia da informação sobre as novas normativas e o uso da DERE.

É essencial que as empresas contem com processos internos bem organizados para garantir a qualidade e a sincronização das informações declaradas em suas notas fiscais e outros recolhimentos. Nesse contexto, aqueles setores já mencionados devem estar particularmente atentos para garantir que suas operações continuem em conformidade com o novo quadro legal, sem interrupções ou complicações fiscalizatórias.

Preparação: A Chave para a Transição Suave

Para garantir uma transição suave e eficiente com a chegada da Declaração Eletrônica de Regimes Específicos (DERE), as empresas precisam tomar medidas preparatórias que assegurem a conformidade e eficiência em seus processos fiscais. Aqui estão algumas orientações práticas para se adaptar a esse novo cenário tributário:

  • Revisão de Cadastros: As empresas devem realizar uma auditoria detalhada de seus cadastros de produtos e serviços, garantindo alinhamento com as novas classificações fiscais. Isso inclui verificar códigos, descrições e todo tipo de informação fiscal relacionada.
  • Adaptação de Sistemas: É fundamental atualizar ou adquirir sistemas de gestão integrados (ERPs) que sejam compatíveis com as novas exigências da DERE. Esses sistemas precisam ser capazes de gerar informações precisas e automatizadas, facilitando o cumprimento das obrigações fiscais.
  • Treinamento de Equipe: Treinar contadores, fiscais e profissionais de TI sobre as novas regulamentações é essencial. As equipes devem estar bem informadas sobre como operar a DERE e as alterações trazidas pela CBS e IBS, além de se prepararem para gerar relatórios e documentos adequados.
  • Organização de Processos Internos: Estruturar processos internos para garantir que as informações declaradas estejam sempre em sintonia com as emissões de notas fiscais e os recolhimentos devidos. Isso exigirá um sistema de monitoramento contínuo para evitar inconsistências.

Esses passos não só ajudarão as empresas a se adequar às novas exigências da reforma tributária, mas também reduzirão a burocracia e aumentarão a eficiência fiscal. Adotar essas práticas de forma antecipada permitirá usufruir dos benefícios de um sistema tributário mais simplificado, sem comprometer a conformidade legal.

Transformando Desafios em Oportunidades com a Assessoria Certa

Enquanto a Declaração Eletrônica de Regimes Específicos (DERE) se aproxima como uma nova realidade para as empresas brasileiras, a tarefa de adaptação pode parecer desafiadora. No entanto, esse cenário também se apresenta como uma oportunidade valiosa para que empresas transformem desafios em diferenciais competitivos. Contadores e gestores devem abraçar a contabilidade estratégica, utilizando-a para não apenas garantir conformidade com as novas exigências, mas também para otimizar processos e maximizar a eficiência tributária.

Uma assessoria contábil eficaz pode ser a chave para navegar com sucesso pelas mudanças impostas pela Reforma Tributária. Com orientações precisas e atualizadas, é possível antecipar, planejar e implementar estratégias que manterão as operações alinhadas e competitivas em um mercado em transformação. O importante é começar a agir agora, garantir que tudo esteja em ordem para que, quando a DERE se tornar obrigatória, sua empresa já esteja um passo à frente.

Fique atento às novidades e não perca nenhuma atualização sobre essas mudanças significativas no cenário tributário. Continue acompanhando nosso blog para se manter informado e preparado para o futuro!

Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Jornal Contábil. Para ter acesso à materia original, acesse Reforma Tributária: regimes específicos vão usar a DERE

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